Gabriel Massote, que venceu a leucemia após um transplante,
esclareceu mitos, apresentou dados e promoveu uma visão humanista da
doação.
“Com mais de 33 mil* crianças e adultos na fila de espera por um
transplante de órgãos, só no Brasil, torna-se, imprescindível propagar
informações e conscientizar a sociedade sobre todos os aspectos desta
ação”, explicou o professor Guilherme Ghelli sobre o convite feito ao
Dr. Gabriel Massote, advogado, especialista em doação de órgãos, que
ministrou a palestra “Uma Nova Perspectiva Sobre o Transplante de
Órgãos: Panorama Jurídico e Avaliação de Casos Concretos”, para uma
plateia, inteiramente atenta, de alunos do Direito e da Psicologia,
realizada no Anfiteatro da FUCAMP.
O advogado conheceu, na pele, toda a trajetória de quem depende da
doação de um órgão para viver: os desafios jurídicos, a burocracia dos
planos de saúde, o preconceito e a desinformação, todos os entraves para
a realização dos transplantes.
“A falta de informação é um dos maiores obstáculos para o aumento de
doadores e a diminuição da fila de espera. Com eventos desta natureza, a
FUCAMP mostra o quanto está comprometida em disseminar conhecimento em
benefício da sociedade. É uma formação que além do estudo acadêmico
envolve a conscientização dos alunos sobre seu papel social e a
responsabilidade que adquirem junto com a autoridade profissional do
diploma”, ressalta.
Uma Doação de Vida
Com estas palestras, Gabriel Massote busca sensibilizar as pessoas
através da informação. “Um profissional consciente pode influenciar
muitas pessoas, torna-se um multiplicador. É preciso acabar com os
mitos, despertar não apenas o cidadão, mas todo o contexto que interfere
na realização do transplante: a comunidade médica, policiais e
bombeiros, equipes de atendimento na saúde”, pontua.
Para o sucesso de um transplante é preciso todo um composto de
vitórias: encontrar o doador compatível, o prazo certo entre a retirada
do órgão no doador e o implante, a aceitação do órgão pelo corpo do
receptor. Entre os órgãos mais comumente transplantados, o prazo máximo
para a ação varia entre quatro e 48 horas conforme o tipo: coração, 4
horas; pulmão, 6 horas; fígado, 12 horas; pâncreas, 20 horas e rim, 48
horas. Um só doador pode salvar até oito vidas, mas a demora nos
processos pode acabar com esperanças e sonhos!
*Dados do Ministério da Saúde http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-orgaos.
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