sexta-feira, 5 de outubro de 2018

PALESTRA NA FUCAMP MOSTRA OS DESAFIOS PARA O TRANSPLANTE DE ÓRGÃO NO BRASIL.

Gabriel Massote, que venceu a leucemia após um transplante, esclareceu mitos, apresentou dados e promoveu uma visão humanista da doação.
“Com mais de 33 mil* crianças e adultos na fila de espera por um transplante de órgãos, só no Brasil, torna-se, imprescindível propagar informações e conscientizar a sociedade sobre todos os aspectos desta ação”, explicou o professor Guilherme Ghelli sobre o convite feito ao Dr. Gabriel Massote, advogado, especialista em doação de órgãos, que ministrou a palestra “Uma Nova Perspectiva Sobre o Transplante de Órgãos: Panorama Jurídico e Avaliação de Casos Concretos”, para uma plateia, inteiramente atenta, de alunos do Direito e da Psicologia, realizada no Anfiteatro da FUCAMP.
O advogado conheceu, na pele, toda a trajetória de quem depende da doação de um órgão para viver: os desafios jurídicos, a burocracia dos planos de saúde, o preconceito e a desinformação, todos os entraves para a realização dos transplantes.
“A falta de informação é um dos maiores obstáculos para o aumento de doadores e a diminuição da fila de espera. Com eventos desta natureza, a FUCAMP mostra o quanto está comprometida em disseminar conhecimento em benefício da sociedade. É uma formação que além do estudo acadêmico envolve a conscientização dos alunos sobre seu papel social e a responsabilidade que adquirem junto com a autoridade profissional do diploma”, ressalta.
Uma Doação de Vida
Com estas palestras, Gabriel Massote busca sensibilizar as pessoas através da informação. “Um profissional consciente pode influenciar muitas pessoas, torna-se um multiplicador. É preciso acabar com os mitos, despertar não apenas o cidadão, mas todo o contexto que interfere na realização do transplante: a comunidade médica, policiais e bombeiros, equipes de atendimento na saúde”, pontua.
Para o sucesso de um transplante é preciso todo um composto de vitórias: encontrar o doador compatível, o prazo certo entre a retirada do órgão no doador e o implante, a aceitação do órgão pelo corpo do receptor. Entre os órgãos mais comumente transplantados, o prazo máximo para a ação varia entre quatro e 48 horas conforme o tipo: coração, 4 horas; pulmão, 6 horas; fígado, 12 horas; pâncreas, 20 horas e rim, 48 horas. Um só doador pode salvar até oito vidas, mas a demora nos processos pode acabar com esperanças e sonhos!
*Dados do Ministério da Saúde http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-orgaos.


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